domingo, 6 de junho de 2010

COM TARANTINO SEMPRE É TEMPO DE VIOLÊNCIA


Quem nunca ouviu aquela velha reclamação de que o mundo se tornou um lugar perigoso para se estar? Muitos podem ter ouvido, mas ninguém compreendeu tão bem a violência e seus meandros quanto Tarantino em seu Pulp Fiction – Tempo de Violência. O filme é um marco da década de 90, época subsequente à queda do Muro de Berlim, em que caíram todas as fronteiras e quando humanidade tomou consciência de sua globalização e liberalismo econômico, fenômenos que ruíram com valores sólidos e abriram caminho a uma escalada de violência social sem precedentes.

“Politicismos” à parte, o filme é um show com mais de duas horas e meia de duração. Esse foi o tempo que Tarantino precisou para trazer ao Cinema a estética da violência, estilo hoje muito utilizado por diretores como Chan-wook Park, por exemplo. Em Pulp Fiction, sente-se o ar impregnado de sangue, poder, dinheiro, drogas; as cenas apresentam uma sucessão de catástrofes sociais; os personagens veem suas situações se complicando cada vez mais, chegando ao cúmulo de, ao se refugiarem de uma perseguição em um pequeno comércio, terem a “adorável” surpresa de o homem por trás do balcão ser um pervertido sádico (contando inclusive com a participação de um homem da lei em suas “orgias”). Em Pulp Fiction não há salvação.

O que se salva, e muito bem salvo, é o elenco inusitado e de atuações beirado a perfeição. O cast é formado, entre outros, por Bruce Willis, Uma Thurman, John Travolta e Samuel L. Jackson. Estes dois últimos são Vincent Vega e Jules Winnfield, uma dupla de capangas da máfia que em nada se parecem com seus costumeiros papéis em Hollywood. E para coroar este espetáculo, nada melhor do que a mão de Tarantino para selecionar uma trilha sonora inesquecível e como que feita sob encomenda para o filme.

Um comentário:

  1. Menino sumido... Como vc está? Quanto tempo não? Espero que esteja tudo bem por aí.. Um beijo!

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